Brasília - A Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça (11) todos os destaques que pretendiam alterar o texto-base do projeto Ficha Limpa, que barra por oito anos a candidatura de políticos com condenação por crimes graves.
A proposta, que chegou ao Congresso em setembro do ano passado, agora será analisado pelo Senado, onde o plenário está trancado por medidas provisórias e pelos projetos do pré-sal, o que dificultaria a aplicação do projeto já para as eleições de outubro deste ano.
O parecer aprovado, de autoria do deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), ainda prevê a possibilidade de um recurso do político “sujo” para garantir a sua candidatura. No total eram 12 emendas (destaques). Três delas foram votadas e descartadas na semana passada e duas foram retiradas. Um dos destaques rejeitados, de autoria do PP, tinha por objetivo excluir do texto os crimes contra o meio ambiente e a saúde pública daqueles que poderão tornar a pessoa inelegível.
O Ficha Limpa surgiu a partir de iniciativa popular do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e recebeu mais de um milhão de assinaturas de apoio, coletadas por entidades como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Internautas brasileiros se reuniram em uma grande petição online para juntar as assinaturas. Eles usaram as redes sociais Twitter e Facebook para disseminar a campanha e obter o maior apoio possível da população para o projeto de lei.
Fonte - INFO on-line
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